sábado, 27 de dezembro de 2008

Vídeo do dia | Wilson Simonal com o jingle do Formicida Shell

Quem curte jingle vai gostar de ouvir o saudoso cantor Wilson Simonal (1939-1980) interpretando esta vinheta comercial, gravada entre 1969/1970, para o formicida Shell, anunciante atendido na época pela agência Standard, Ogilvy & Mather. A peça publicitária, produzida como um samba rock, serviu como luva para o estilo musical do cantor, com muita ginga e balanço que caracterizaram o repertório do artista. O jingle, criado por Neneco e Carlos Guerra, foi produzido pela Sonotec e dirigido ao homem do campo, motivo pelo qual é desconhecido do público das grandes metrópoles, uma vez que foi veiculado apenas nas emissoras de rádio instaladas nas zonas rurais. Segundo a revista O Cruzeiro, de 15 de setembro de 1970, o dinheiro que recebeu da Shell foi destinado para a Casa dos Meninos de Petrópolis, que cuidava de 80 crianças desvalidas. Vale a pena conferir e reviver o talento deste grande intérprete da MPB.



Vale lembrar que, na época, o cantor estava no auge do sucesso, e teve até programa de TV na Rede Record, líder absoluta de audiência. Era, ao lado de Jair Rodrigues e Jorge Benjor - de quem gravou "País Tropical", com enorme sucesso - um dos poucos artistas negros com status de grande estrela. Apesar de não ser político, Simonal tinha amigos na polícia. Em 1971, período bravo da ditadura militar, descobriu desfalque em suas contas dado por um contador. Em vez de processá-lo, chamou os amigos policiais ligados aos órgãos de repressão para que dessem uma lição no desonesto. A história veio a público. Era impossível, na época, que alguém fosse ligado aos organismos de repressão. Simonal foi banido pelos artistas, pelas gravadoras, pelas emissoras de rádio e televisão. Tentou provar que não era a pior coisa que um artista poderia ser: colaborador da repressão política, o chamado "dedo-duro", mas morreu sem conseguir voltar à tona e provar sua inocência.

Fonte: FFukushima

Samba rock, samba-rock, sambarroque, sambalanço, swing e balanço é só para quem tem
o Samba Rock Na Veia.

10 Comentários:

Francisco disse...

Em 2002, dois anos após sua morte, a família do cantor requisitou abertura de processo para verificar a veracidade da acusação de informante do regime. Foram reunidos depoimentos de diversos artistas, além de um documento datado de 1999 em que o então secretário de Direitos Humanos, José Gregori, atestava que não havia evidências nem nos arquivos do Serviço Nacional de Informações (SNI) nem no Centro de Inteligência do Exército de que Simonal houvesse sido informante desses órgãos. Como resultado, o nome do músico foi reabilitado publicamente pela Comissão Nacional de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em 2003.
fonte
http://pt.wikipedia.org/wiki/Wilson_Simonal

Francisco disse...

Desculpe-me a intromissão na sua palta, mas creio que seria justo se vc tbm publicasse a matéria na integra ate porque este icone da M.P.B pagou um preço muito alto por uma mentira inventada pelo Pasquim.
E da forma como esta publicada esta matéria passa a impressão que ele realmente era um delator.

grato

Fhenso Funk Music disse...

Caro amigo!

È lamentável a falta de informação e o pior é que suas fontes são de mão única, isso já foi mais que provado e aprovado publicamente a inocência do Grande Sinoma.

Não quero pesar mas devia mesmo colocar toda história e não um detalhe, assim fica caracterizado que só um lado esta certo e isso não é verdade.

Acompanhamos seu trabalho e saiba que valorizamos ele, mas não podemos aceitar informações destorcidas.

Aceite a critica e reavalie suas fontes, alias ninguém sabe tudo.

Paz !



By Fhenso

www.originalfunkmusic.com
www.arquivodosambarock.blogspot.com

Anônimo disse...

Porra, publicidade de companhias que já mataram um bocado de gente com seus pesticidas, na verdade produtos quimicos altamente prejudiciais ao ser humano, proibido no mundo todo menos no Brasil não é nada diante da merda publicada neste blog a respeito do grande Simonal.

Direitos autorais batendo na tua porta, te cuida.

AACezar

Anônimo disse...

Nesse caso A qual dos dois preguiçosos caberia um processo de retratação,calunia e difamação?
Não saber do que se se esta tratando e uma coisa mas reproduzir uma burrice e outra e esse cara faz sempre isso neste blog.

Anônimo disse...

Fui informado, por meio de um amigo, sobre a polêmica gerada neste blog em torno do vídeo que postei no YouTube com um breve texto sobre o grande Wilson Simonal. Quero, em primeiro lugar, agradecer ao Nego Junior por ter incluído o vídeo nesta página – um verdadeiro achado para os amantes do samba rock - e, ao mesmo tempo, isentá-lo das críticas que recebeu. Quero, dessa forma, assumir a responsabilidade pela grave falha – já corrigida no meu canal no YouTube - que cometi ao deixar de informar os acontecimentos posteriores à morte do cantor. Peço desculpas a todos vocês.
Esclareço que a minha intenção ao montar o vídeo – caseiro, diga-se de passagem – foi divulgar esse jingle que considero muito bom, assim como é a discografia do Simonal, de quem sou fã de carteirinha, independente do fato de ser propaganda de um produto químico altamente prejudicial ao ser humano, proibido no mundo todo, como bem lembra o leitor AACesar. Acredito que esse produto nem existe mais.
Errei, no entanto, ao destacar no texto apenas o boato que culminou com o fim da popularidade que Simonal gozava até 1972, quando o jornal O Pasquim acusou-o de “dedo-duro”. A verdade – e isso ninguém pode contestar – é que até a sua morte em 2000 (e não 1980, como consta no texto original), ele infelizmente não conseguiu livrar-se da fama de traidor, embora tenha batalhado muito por isso, tanto que foram poucos os artistas que o perdoaram e compareceram no velório. Eu deveria, sim, como defensor dos Direitos Humanos, acrescentar as informações que o meu xará Francisco colocou em seu comentário com base no texto publicado no site Wikipédia. Devido a essa falha – já corrigida, repito – passei a impressão de que, de fato, o artista foi informante dessa praga chamada ditadura.
Assim, volto a pedir minhas desculpas sinceras ao Nego Junior que, por minha falha acabou recebendo essas críticas, aos familiares e amigos do Simonal, e também a todos os internautas. Estendo a minha mão a palmatória com a certeza de que serei mais prudente nos próximos comentários. Afinal, como disse Fhenso Funk Music com polidez e sabedoria, “ninguém sabe tudo”.
Aproveito este último dia de 2008 para desejar um Feliz 2009, com muita saúde, paz, amor, alegria e samba rock.

Abraços

Chico Fukushima
flavifrafa@uol.com.br

Anônimo disse...

Aproveito um pouco mais desse espaço democrático para postar o texto corrigido no meu canal YouTube:

Quem curte jingle vai gostar de ouvir o saudoso cantor Wilson Simonal (1939-2000) interpretando esta vinheta comercial, gravada em 1970 para o formicida Shell, anunciante atendido na época pela agência Standard, Ogilvy & Mather. A peça publicitária, produzida como um samba rock, serviu como luva para o estilo musical do cantor, com muita ginga e balanço que caracterizaram o repertório do artista. O jingle, criado por Neneco e Carlos Guerra, foi produzido pela Sonotec e dirigido ao homem do campo, motivo pelo qual é desconhecido do público das grandes metrópoles, uma vez que foi veiculado apenas nas emissoras de rádio instaladas nas zonas rurais. Segundo a revista O Cruzeiro, de 15 de setembro de 1970, o dinheiro que recebeu da Shell foi destinado para a Casa dos Meninos de Petrópolis, que cuidava de 80 crianças desvalidas. Vale a pena conferir e reviver o talento deste grande intérprete da MPB.

Na época, o cantor estava no auge do sucesso, e teve até programa de TV na Rede Record, líder absoluta de audiência. Era, ao lado de Jair Rodrigues e Jorge Benjor - de quem gravou "País Tropical", com enorme sucesso - um dos poucos artistas negros com status de grande estrela. Apesar de não ser político, Simonal tinha amigos na polícia. Em 1972, período bravo da ditadura militar, descobriu desfalque em suas contas dado por um contador. Em vez de processá-lo, chamou os amigos policiais ligados aos órgãos de repressão para que dessem uma lição no desonesto. A história veio a público por meio do jornal O Pasquim. Era impossível, na época, que alguém fosse ligado aos organismos de repressão. Simonal foi banido pelos artistas, pelas gravadoras, pelas emissoras de rádio e televisão. Tentou provar que não era a pior coisa que um artista poderia ser: colaborador da repressão política, o chamado "dedo-duro", mas morreu sem conseguir voltar à tona e provar sua inocência, embora o boato que o vitimara tivesse sido posteriormente desmentido por várias vezes, mas sem a mesma dimensão das acusações.

O site Wikipédia - http://pt.wikipedia.org/wiki/Wilson_Simonal - informa que "em 2002, dois anos após sua morte, a família do cantor requisitou abertura de processo para verificar a veracidade da acusação de informante do regime. Foram reunidos depoimentos de diversos artistas, além de um documento datado de 1999 em que o então secretário de Direitos Humanos, José Gregori, atestava que não havia evidências nem nos arquivos do Serviço Nacional de Informações (SNI) nem no Centro de Inteligência do Exército de que Simonal houvesse sido informante desses órgãos. Como resultado, o nome do músico foi reabilitado publicamente pela Comissão Nacional de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em 2003".

Francisco disse...

Meu caro Chico Fukushima, acertada a sua atitude, mas lamentavelmente o problema aqui continua.
O sr publicou esta matéria em sua pagina no YouTube no dia 27/12/2008 e repostado aqui no mesmo dia e também no mesmo dia mandei um alerta de que o texto estava truncado.
Agora imaginemos que outros façam o mesmo que o sr Nego Junior fez, pegar esta informação errada e repassá-la sem verificar antes, já se vão 5 dias da publicação desta matéria.
Ainda ínsito para que o sr Nego Junior refaça este post para que outros desavisados não incorram no mesmo erro, simplesmente copiar e colar em seus blogs.

Grato.

Anônimo disse...

Pelo que pude observar, o ocorrido aqui é fruto da ausência de criticidade que predomina na internet.

Sites pouco confiáveis como o Wikipédia – que, vale advertir, é alimentado por internautas –, espalham informações infundadas ditas por gente irresponsável e sem o menor comprometimento com a verdade. Resultado, essas pérolas se alastram como pragas, principalmente entre os brasileiros, que não têm a cultura do questionamento e, deslumbrados com a rede, compram o que lhes é vendido sem pestanejar.

Wilson Simonal já foi inocentado e há documentos que comprovam isso. Ponto final. O assunto deveria encerrar-se aqui, no entanto, em vez de destacar a sua grandiosa carreira e obra, a todo instante surgem absurdos ditos por quem desconhece os fatos e tampouco se preocupa em checar.

O mais impressionante é que "uns e outros", mal-intencionados, questionam processos judiciais que na época atingiram os seus pares, porém, se contradizem ao validá-los quando corroboram as suas 'opiniões'... dois pesos e duas medidas.
Vale ressaltar, durante anos prevaleceu o depoimento de um sujeito que tinha no currículo inúmeras denúncias de tortura e, no entanto, é prontamente aceito por gente que ergue a bandeira do repúdio ao sistema vigente na época. Coerência não é – não deveria ser – excludente conforme a pauta.

Infelizmente, apesar de tudo o que já foi dito e esclarecido sobre o suposto envolvimento de Simonal com a repressão, ainda há quem insista em lançar dúvidas sobre a questão.
Polêmica pela polêmica??? Talvez. Penso que não deveria ser assim porque Simonal é muito maior do que tudo isso, no entanto, é bom que isso aconteça para que, quem sabe, o brasileiro finalmente se interesse pelo que realmente importa – a obra que ele nos deixou. Se tiver de ser desta forma, que seja, afinal, o assunto ganhou tamanha proporção que acabou por encobrir a magnitude do artista.

Penso que é preciso saber distinguir o artista de sua obra: ele pode ser revolucionário na arte e reacionário na vida particular, ou vice-versa. Porém, admito, eu repudiaria veementemente Wilson Simonal se ele realmente tivesse colaborado com os órgãos de repressão, porque, ao contrário de grande parcela dos brasileiros, procuro saber o que acontece em meu país e tenho a exata noção do que foi o regime militar e suas conseqüências.

Não estou dizendo que Simonal era santo; ele cometeu um gravíssimo erro no infeliz episódio com o ex-contador. Mas, não esqueçamos, ele foi processado, condenado e cumpriu a pena – pagou a dívida com a sociedade. Entretanto, o desfecho foi outro, sua ingenuidade beirou à burrice, ele não percebeu a seriedade da situação e achou que sua condição de artista famoso lhe daria respaldo. Resultado, deu munição para os que queriam vê-lo pelas costas: a mídia e a classe artística.

Para que entendamos a complexidade do assunto, é preciso frisar que Simonal era considerado persona non grata tanto pela esquerda, quanto pela direita. Era tido como perigoso porque dominava a massa – contra fatos não há argumentos. O estopim da história foi o testemunho do policial Mário Borges ao justificar o uso das dependências do dops para interrogar Rafael Viviani (contador de Simonal, suspeito de roubo). Borges, em sua própria defesa, mentiu em juízo: afirmou ter acreditado que o contador era um terrorista perigoso porque Simonal era um informante (da repressão) de longa data. Entretanto, o inspetor Vasconcelos – superior direto do policial – desmentiu a declaração, mas este depoimento ESTRANHAMENTE não ganhou as páginas dos jornais. Esclareço, a afirmação não é minha, consta no inquérito criminal instaurado pelo promotor público Pedro Fontoura na 23ª Vara Criminal do Rio de Janeiro (então Guanabara) em 13 de outubro de 1972.

O depoimento do Inspetor Vasconcelos desmentindo o policial acabaria de vez com as especulações, mas, certamente não venderia jornais. Já vimos este filme, não são poucos os casos que conhecemos. Simonal foi desmoralizado porque a mídia promoveu uma campanha sórdida contra ele e, convenientemente, a classe artística tratou de engolir rapidinho toda a história.

Dizem que Simonal cavou a própria cova porque era arrogante e metido. Sim, era mesmo, mas, qual é o problema, é crime? A meu ver, ele não destoava em nada de tantos outros artistas a não ser pelo pecado de ter nascido negro. Simonal incomodava porque não dizia amém à sociedade racista da época. Não é difícil imaginar o burburinho em torno de um negão boa-pinta, desfilando a bordo de carrões e derretendo o coração das lourinhas de família. Era um sacrilégio, a sociedade não engolia. Se fosse branco, certamente não faria diferença.

O Maestro Erlon Chaves foi outra vítima da intransigência racial explícita que determinava: negros devem saber qual o seu lugar. Ele afrontou as más línguas ao conquistar a maior beldade da época, a louríssima Vera Fischer, e a gota d’água foi o episódio quero mocotó. Ao apresentar-se rodeado de lindas mulheres, Erlon insultou a sociedade: beijou uma bela loura, olhou para as câmeras e disse que com aquele gesto estaria beijando todas as brasileiras. Saiu do palco algemado, ficou vários dias desaparecido, foi perseguido, proibido de exercer sua profissão por 30 dias em todo o território nacional, e por aí vai. Esta é uma das histórias que este triste país carrega no currículo.

Naquela época, o preconceito racial no Brasil era explícito, normal e corriqueiro, o estranho era alguém agir diferente. E, não nos iludamos, a diferença daqueles tempos para os dias atuais é que agora, além de ser crime, o racismo também é politicamente incorreto, o que não o elimina, apenas camufla. Como disse Florestan Fernandes, o brasileiro tem preconceito de não ter preconceito.

Sim, Wilson Simonal era empinado e metido, e estava certo, tinha de se armar contra os que não admitiam que um negro nascido numa favela chegasse lá. E, além do mais, ele podia ser o que quisesse, afinal, não era qualquer um que conseguia ser o maior cantor de um país tão grande. Ele incomodou sim: arrebatou multidões e alardeou seu talento aos quatro cantos... imperdoável.

Tudo poderia ter sido diferente não fosse a mídia, que enaltece e destrói a bel-prazer e, principalmente, emudece quando lhe convém. A história de Simonal é mais uma das gritantes perseguições do furo jornalístico em detrimento da verdade. A nossa imprensa tem no currículo vários episódios de carreiras e vidas destruídas por precipitação, injustiças, mentiras plantadas, interesses escusos, ou até mesmo por incapacidade profissional. Não raro, age de maneira arbitrária, descontextualiza e fragmenta as informações transformando-as em teses. Resultado, ao simplificá-las unilateralmente, em vez de uma denúncia fundamentada, define uma prova de crime e dá o veredito. Basta lembrar do linchamento público promovido contra os donos da Escola Base.

Sim, houve racismo contra Simonal, porém, não foi o único fator que determinou a sua destruição. Sua arte representava alegria num momento de dor e perdas, o que gerou perseguição policialesca por parte dos intelectuais engajados que não podiam questionar publicamente o sistema. Estes, transformavam suspeitas em verdades absolutas e, já que eram obrigados a engolir a humilhação de viver sob o jugo dos militares, se vingavam em bodes expiatórios como o Simonal. Eis a atuação do Pasquim que, sabemos, atirava para todos lados sem medir conseqüências. Claro, sei que eram outros tempos, mas, digam isso à família do cantor.

Se ainda restam dúvidas, por que será que até hoje não apareceu uma única pessoa que tenha sido delatada por Simonal? Desafio a quem quer que seja a citar uma, qualquer uma, apenas uma: o filho de um delatado, neto ou sobrinho, um parente qualquer, um amigo, ou um conhecido. Qualquer um bastaria. Claro, não apareceu porque essa pessoa não existe. O próprio Boni (José Bonifácio de Oliveira Sobrinho - Rede Globo) afirmou que se Wilson Simonal fosse colaborador da repressão, ele teria sido, naquela época, a única atração com total aval para ir ao ar na Globo. Elementar...

Fico pasma que ainda pairem quaisquer dúvidas. Infelizmente, muitos não se dão ao trabalho de analisar o que há por trás deste emaranhado de informações conflitantes. As ideologias nos impedem de avaliar os fatos com isenção porque têm a pretensão de formar uma lógica para obter imagem universalizada de determinado assunto. Não é difícil compreender o que houve, basta o brasileiro ter real interesse em pesquisar. Já passou da hora de reconhecermos que Wilson Simonal é um patrimônio cultural nosso, devemos isso a nós mesmos. É preciso dizer, repetir e jamais esquecer que, à custa do calvário de Simonal e do enorme sofrimento da família, a nossa cultura ficou mais pobre.

Wilson Simonal merece a atenção dos estudiosos brasileiros, e não apenas citações. Esta história grita, clama ser ouvida, não pede preces, pede justiça, ele sempre implorou ser ouvido, sem êxito. Os seus discos, sempre esmerados pela produção que os envolvia, eram os mais vendidos do Brasil graças ao público que o consagrou como um de nossos maiores intérpretes. Negar a sua participação na história da nossa música é impossível. Evitar preconceitos será sempre uma boa introdução, e reverenciá-lo como artista é, definitivamente, o nosso dever.

Anônimo disse...

Chico Fukushima

Gostaria de ressaltar que, em minha frase "uns e outros mal-intencionados", não me refiro a você e tampouco ao Nego Júnior, mas sim, aos que propositalmente ignoram fatos imprescindíveis para que encerremos de vez este assunto.

De tudo isso, fica uma certeza: finalmente, aos poucos, Simonal está ganhando a atenção e o espaço que deveria ter tido em vida. Tarde? Sim, sem dúvida é muito tarde e, por isso mesmo, vimos reações indignadas aqui. Mas, ainda são poucas, é preciso engrossar este coro, e isso será feito na medida em que o brasileiro se dispuser a avaliar os dois lados da história e, aí sim, chegar às próprias conclusões.

Oxalá, tanto os fãs e admiradores de Simonal, quanto as pessoas que prezam pelos nossos valores culturais, continuem a reagir.
Abraços.

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