Por Júnior, Samba Rock Na Veia
No último domingo (13/09) aconteceu a Pílula de Cultura, realizada na Casa das Caldeiras, com o tema AfroSambaRock. Onde deu-se espaço para o ritmo incluindo atrações musicais, culturais, expositores e um debate com pessoas relacionadas ao samba rock.
Moskito - Professor de samba rock há mais de 14 anos e expert no assunto
Otávio - Produtor da banda Sandália de Prata, banda referência que toca samba rock
Marlon - Venezuelano radicado em Nova York, especialista, pesquisador, produtor on-line e consultor/palestrante internacional na área de redes sociais.
Júnior - Produtor de conteúdo on-line sobre samba rock, criador do site Samba Rock Na Veia
Devido a outros eventos no mesmo dia, algumas pessoas convidadas indiretamente não puderam ir e o pouco tempo para o debate não nos permitiu um aprofundamento no assunto. Também pudera, imagina aquele monte de gente querendo dançar e se divertir vendo quatro caras falando de samba rock por várias horas? Não tinha como! Samba rock é festa e a gente tinha que ser breve para fazer valer a preferência da maioria.
Fazendo uma breve análise sobre o que cada um disse, começando pelo mestre Moskito, posso dizer que suas palavras contribuíram para esclarecer a origem do ritmo e os motivos sociais e culturais da época para que ele se estabelecesse em São Paulo. Sua explicação foi na veia da falta de oportunidade dos negros da época (década de 50 e 60) para curtirem os bailes com as grandes orquestras, o que acabou dando espaço aos discotecários (posteriormente DJ´s) que tocavam o mesmo ritmo, porém a um custo mais acessível para essas pessoas entrarem nos bailes. E dentro do baile bastou a mistura dos passos do maxixe com os do rockabilly para surgir o rock samba e um tempo depois o samba rock. Só esse trecho da história já daria margem para vários debates.
O Otávio (Brasuca Produções) contribuiu falando sobre as bandas e contando que cada uma tem seu estilo e o 'pé' em algum ritmo. Uns do rock, outros do samba, outros do jazz e por aí a lista caminha. Mas que nos últimos anos se viram satisfazendo um público que além de curtirem suas músicas, também aproveitavam o espaço para trançar os braços e marcar o samba rock no pé. Vale também destacar o momento particular da banda que está lançando seu CD (clique aqui para ver o que falamos sobre o novo álbum).
O Marlon começou com a frase 'yo voy hablar español' e daí seguiu expondo um pouco da sua vasta experiência com divulgar diferentes danças pelo mundo através das redes sociais.
Ao perguntar a ele 'como essas redes sociais e ferramentas on-line podem contribuir para divulgarmos o samba rock?', ele respondeu que não conhecia o ritmo, mas que tais ferramentas poderiam contribuir muito na divulgação e um dos pontos mais importantes, segundo ele, é o fato das pessoas poderem interagir com comentários e opiniões.
Eu mediei o debate, mas como faltei às aulas de 'Seja um bom apresentador' com o Max DMN, fiquei um pouco nervoso. Nas próximas espero me soltar mais para extrair boas histórias e o que de melhor essas pessoas tem para falar da cultura samba rock.
Um agradecimento especial à organização do evento, em especial à Adriana.
Até o próximo!
Samba rock, samba-rock, sambarroque, sambalanço, swing e balanço é só para quem tem
o Samba Rock Na Veia.